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Zalina Rolim
Mentora da divulgação da poesia infantil
Maria Zalina Rolim Xavier de Toledo
Nasceu em vinte de julho de 1869, em Botucatu.
Seu pai exercia a função de Juiz de Direito..
Residiu em diversas cidades de São Paulo, muito embora
passasse longas temporadas em Itapetininga,
onde a família possuía uma fazenda.
Publica em abril de 1893, o poema Na Roça.
Em seguida, mudou-se para São Paulo.
Educadora e poetisa de sucesso
Trabalhos foram editados na França:
O Coração e Livro das Crianças, o que a
posicionou também fora do Brasil.
Casou-se, em 1900, com o jurista José Xavier de
Toledo, um dos fundadores do Clube Venâncio Ayres,
tendo ficado viúva em 1918.
ZALINA ROLIM
Maria Zalina Rolim Xavier de Toledo
Natural de Botucatu em São Paulo
nascida em 20 de julho de 1869.
Faleceu em São Paulo, em 24 de junho de 1961.
Professora durante alguns anos na
Escola Modelo em São Paulo Capital.
Autora de O Coração, em 1893.
Educadora, entre 1896 e 1897,
Exerceu o cargo de vice-inspetora, do
Jardim da Infância anexo à Escola Normal
Caetano de Campos, em São Paulo.
Escreveu para diversas revistas feminina
s e jornais como A Mensageira, O Itapetininga,
Correio Paulistano e A Província de São Paulo.
Faleceu em São Paulo, em 24 de junho de 1961.
http://ihggi.itapetininga.com.br/oldsite/vultros.php
VILA MARIANA - SÃO PAULO - SP
A PRIMEIRA LIÇÃO
Zalina Rolim
RAUL não sabe ler;
É um traquinas, que vive toda a hora
Pela campina em fora
A correr, a correr…–
Desde pela manhã,
Salta do leito em fraldas de camisa,
E por tudo desliza
Numa alegria sã.–
Nada de livros, não;
Para ele a campina, os passarinhos,
Os assaltos aos ninhos,
A pesca ao ribeirão
E as corridas em pós
Dos bezerros e cabras e novilhas,…
Rasgando ásperas trilhas,
Veloz, veloz, veloz!–
Mas, um dia, ele viu
A irmãzita no livro debruçada,
E o som de uma risada
O ouvido lhe feriu.–
Que teria, meu Deus!
Aquele grande livro tão pesado,
Ali dentro guardado,
Longe dos olhos seus?
E aproximou-se mais.
Ceci, toda entretida na leitura,
Mostrava, rindo, a alvura
Dos dentinhos iguais.
E o pequenito a olhar,
Mas debalde; no livro, aberto em frente,
Letras, letras, somente…
Raul pôs-se a chorar.–
Pois não estava ali
Um livro injusto e mau, que até escondia
A causa da alegria
Da risonha Ceci?–
Mas a irmã, tal e qual
Uma bondosa mãe ao filho amado,
Fê-lo assentar-se ao lado
E explicou-lhe o seu mal.–
E com tanta razão
Que, abrindo atento o livro misterioso,
Raul pediu, ansioso,
A primeira lição.
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